Perfil do Investidor

As pessoas são diferentes em seus valores, objetivos e formas de lidar com o risco. Não há, portanto uma regra geral do que se deve fazer. Há, no máximo, alguns padrões típicos que podem ser usados por você como ponto de partida. O caminho a seguir é decisão pessoal sua.

Assim, vamos ver os perfis típicos, para que você possa usar esse conhecimento e não partir do zero.

A primeira divisão das pessoas é entre tomadores (de crédito) e poupadores. Tomadores preferem aproveitar o momento atual, sacrificando o futuro e os que preferem sacrificar o presente para aproveitar (ou ter mais tranquilidade) no futuro. É uma decisão pessoal, de perfil.

Se estamos falando de investimento, provavelmente você deve ser do perfil poupador, e deseja investir para melhorar a rentabilidade das suas reservas. Se for tomador, então que saiba avaliar exatamente os custos e os efeitos de sua decisão. Como disse, essa é uma decisão pessoal e importante. Tome-a conscientemente.

Essa decisão, na verdade, deve ser uma decisão do casal, ou familiar. Se não houver consenso nisso, podem surgir problemas.

Os poupadores também possuem diferentes perfis. Muito se fala de resistência ao risco, dividindo o poupador em três ou quatro categorias. Quando se fala em tolerância ao risco, deveria se entender tolerância à perda [Mosca]. Além disso, não nos comportamos igualmente com um ganho de 10% e uma perda de 10%.

Os perfis são conservador, moderado, agressivo / arrojado. Não vou entrar em detalhes de classificação, a regra é:

Não vá além da sua resistência, não perca sono, fique bem, não invista a saúde .

Se pode servir consolo, percebo que mais tempo de mercado imuniza a pessoa às oscilações, portanto, com o tempo você poderá aumentar a sua exposição. Então, começar aos poucos é saudável para o corpo, a mente e o bolso. Ou seja, à medida que você conhece o mercado, que o vai desmistificando, vai aumentando a capacidade de colocar mais risco para obter mais retornos. Isso deve ser feito de forma segura e tranquila. Comece a desconfiar de si mesmo quando estiver com a sensação de “entendi como isso funciona”. Não entendeu, o mercado muda.

Todos devem ter passado pela experiência de plantar feijões com filhos, netos, sobrinhos, ou se lembra da própria infância, quando o fez na escola. Após o plantio, crianças vão o tempo todo ver se as sementes germinaram. Em seguida, vão a cada hora, depois vão esquecendo e param de regar. Somos assim em várias coisas: dietas, exercícios, novas atividades prometidas no ano novo… e investimentos.

Quando compramos ações pela primeira vez, queremos olhar o andamento das ações a cada instante. Isso ocorre mesmo para aqueles que possuem objetivos de prazo bem longo. Nos comportamos como nossos filhos, quando plantam feijão pela primeira vez!

Olhar com muita frequëncia é importante para quem investe em prazos curtos, mas pode ser danoso para quem objetiva o longo prazo. O iniciante não tolera comprar uma ação para longo prazo e vê-la cair um pouco meia hora depois. É um erro comum querer comprar as ações na mínima do dia, ou da semana. Não tente, isso só se consegue com sorte.

Os que não resistem a perdas pontuais tendem a desistir cedo. Muitas vezes assistem uma alta na Bolsa após a sua saída. É muito comum citarem que parece que a Bolsa sempre faz ao contrário: alguns brincam sugerindo a outro fazer o contrário do que eles fazem, outros, não poucos, realimentam teorias conspiratórias e perseguições.

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