Parece com o IPO, mas a empresa já é cotada em Bolsa. Algum projeto a faz precisar de mais dinheiro, assim ela lança mais ações e, os novos compradores participam de uma nova empresa – a mistura da antiga com o novo projeto.
Um caso recente e bem conhecido foi a Oferta Pública de Ações da Petrobrás. Havia uma grande plano de expansão – cujo pré-sal é apenas parte dele, há também uma duplicação da capacidade de refino. Esse exemplo, porém, foi muito atípico, sob vários aspectos.
Tanto na abertura de capital, quanto no IPO, é preciso notar qual o prazo para os retornos dos investimentos. Isso pode mudar o perfil da empresa. Se a empresa antes da ampliação pagava altos dividendos, pode ser que após um aumento de capital não o faça mais. Isso se deve a dois motivos.
Primeiro, se a empresa está pedindo dinheiro para investir nela, é razoável que os acionistas também concordem em reinvestir os ganhos no mesmo projeto. Assim, a tendência é não pagar mais tantos dividendos. Seria um contra-senso pedir dinheiro e passá-los de volta ao acionistas.
Em segundo lugar, há mais ações para dividir um lucro que, inicialmente, será o mesmo. No exemplo da Petrobrás, há uma empresa antiga, que gera lucros e uma nova (do pré-sal e companhia). A nova é uma Start-up: só vai gerar lucros em alguns anos. Assim, o lucro da antiga será repartido entre todos os acionistas – antigos e novos.
Isso não é necessariamente ruim, apenas mudou o perfil da empresa – ela tende a mudar para ser mais de valoriazação e menos de dividendos.