Ações são normalmente negociadas em lotes, tipicamente de 100 ações. Há títulos que são negociados em lotes menores (10 ações para a BOVA11, por exemplo), ou lotes maiores, como 1000.

Para o pequeno investidor, 100 ações podem representar um valor muito alto. Uma ação que vale R$ 50,00 teria como investimento mínimo R$ 5.000,00. Para dar acesso ao pequeno investidor, há um outro pregão paralelo em que as ações são negociadas em unidades. Assim, no mercado fracionário, como é chamado, é possível comprar de 1 a 99 ações – quando o lote é de 100 unidades.

Ações no mercado fracionário são identificadas adicionando-se um F no final do código. ACME4F é, então, o mercado fracionário de ACME4.

É importante frisar que o F representa outro pregão, não outra ação. Lembre-se do tempo em que havia o pregão viva voz e formavam-se círculos de pessoas comprando e vendendo. O mercado fracionário pode ser pensado como outro círculo, onde se negociam as mesmas ações, mas individualmente e não em embalagens de 100. Por ser outro pregão, ele tem sua cotação e suas ofertas distintas do mercado principal, mas muito próximas.

Uma pergunta frequente é se pode-se juntar ações do fracionário e vendê-las no principal. A resposta é sim, como pode-se intuir pelo parágrafo anterior. Trata-se do mesmo título, com embalagens e “balcões de compra e venda” diferentes. Creio que a existência dessa separação venha da época do pregão físico, pois era desejável para todos separar grandes negociadores dos pequenos. Aliás, a existência de lotes deve vir daí também.

Com a digitalização do pregão, hoje poderíamos unificar tudo, como ocorre em algumas Bolsas. Particularmente acredito que acontecerá, cedo ou tarde.

Nosso próximo passo é entender os índices, em particular o IBovespa.